29 junho 2011

barreira

Fecho a porta à partida. Fixo uma margem entre o que deixo e o que espero. Delimito a distância entre passado e futuro. Atravesso a barreira, tantas vezes ténue, que separa a certeza da expectativa. Não permito que me fuja o olhar. Não recuo. Não volto atrás. Não agora.

Levo a solidez implacável de um punhado de amizades. Largo ao abandono a fragilidade de amores inglórios. Recomeço sem encargos ou memórias. Sigo em frente sem pesos que me travem ou algemas que me acorrentem. É para a busca da felicidade que encaminho os meus passos. É nela que deposito os meus esforços.

Será assim no tal dia. Será assim do tal dia para a frente.

2 comentários:

luís ene disse...

Seguiu em frente, sem olhar para trás, leve, despreocupada. Levava o coração nas mãos, era tudo o que precisava.

LiSa disse...

Espero, um dia, poder voltar a colocá-lo dentro do peito. Ali, entre a carne e os ossos, onde sempre deveria ter estado.
Abraço.