15 janeiro 2010

irritada irritante irritável - parte I

Irritada. Irritante. Irritável. O conceito não é meu. Não é novo sequer. Mas num dia como o de hoje foi preciso rebuscar nos chavões dos outros aquilo que não consegui ver ao espelho logo pela manhã.
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É assim que me sinto. Irritada. Irritante. Irritável. Durante 24 longas horas, com especial incidência no período que une o amanhecer ao anoitecer. Pior: mais do que irritada, irritante e irritável, hoje andei especialmente impulsiva, descontroladamente destabilizadora, angustiadamente egoísta e estupidamente imparável.
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Acordei inquieta. Irrequieta. Incomodada. Incontrolável. Senti-me outra vez aprisionada. Aprisionada por uma situação que, irremediavelmente, criei. Não suporto sentir-me prisioneira de mim própria.
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Início mais uma luta. Dou arranque a mais uma batalha. Impulsiono mais um combate. Atingo os outros com uma avalanche de sinceridade, honestidade e frontalidade. A verdade é dolorosa. Talvez seja necessária. Mas hoje nada mais foi que obrigatória. Magoo já para não ferir depois. A imprevisibilidade causa um impacto mais aterrador. Atordoa. Derrota mais facilmente. Mas também ajuda a erguer em menos tempo.
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Peso número 1 libertado do corpo. Não poderia carregá-lo durante todo o dia. Livrei-me dele pela manhã. Forço as correntes com leveza e elas cedem. Não se soltam. Mas cedem um pouco. Não suporto sentir-me prisioneira de mim mesma.

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