Entre as minhas inquietações e instabilidades.
Entre fugas e refúgios.
Entre idas e vindas.
Entre o meu mundo e o dos outros.
Na calma apaziguadora dos fins de tarde frente à Ria Formosa mudaram ontem as estações. Não que o calendário assim o ditasse. Mas somente porque sim.
E ao alaranjado do pôr-do-sol juntou-se o flutuar das primeiras nuvens de um Outono que se avizinha envergonhado. Ao calor pouco tímido do final do Verão aconchegou-se ontem a primeira chuva e a primeira trovoada desta nova temporada.
Houve raios, chuviscos, tempestades silenciosas e eclipes diurnos. Com eles chegou o cheiro da terra acabada de molhar, o agradável odor da junção entre o céu e o mar e o sabor adocicado da mudança dos dias e dos tempos.
Ontem as estações transitaram sem turbulências, cientes da necessidade de dar continuidade a um ciclo de simbioses.
Talvez hoje também eu transite para uma nova era de sentidos e emoções.
Ontem as estações transitaram sem turbulências, cientes da necessidade de dar continuidade a um ciclo de simbioses.
Talvez hoje também eu transite para uma nova era de sentidos e emoções.
1 comentário:
Talvez as primeiras chuvas do Outono sejam necessárias para lavar a poeira do Verão.
Talvez as estações nem sejam assim tão importantes porque, no fundo, o Sol nasce de novo todos os dias.
Talvez ...
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