Havia muito que o louco a olhava com olhos de são. Observava-a com um olhar diferente daquele com que encarava o mundo. Via-a com os olhos lúcidos que há muito haviam deixado de se perder entre os outros. Olhava só para ela. E sorria, deixando o corpo ausente de qualquer loucura ou embaraço.
- Um dia hei-de dizer-te que estou apaixonado por ti – sussurrou-lhe à passagem.
Voltou a deixar revelar um esboço de felicidade nos lábios e partiu. Voltaria no dia seguinte e lançar-lhe-ia exactamente o mesmo olhar, o mesmo sorriso e as mesmas palavras.
Talvez um dia ela acreditasse. E talvez noutro o deixasse de ver como louco.
- Um dia hei-de dizer-te que estou apaixonado por ti – sussurrou-lhe à passagem.
Voltou a deixar revelar um esboço de felicidade nos lábios e partiu. Voltaria no dia seguinte e lançar-lhe-ia exactamente o mesmo olhar, o mesmo sorriso e as mesmas palavras.
Talvez um dia ela acreditasse. E talvez noutro o deixasse de ver como louco.
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