Ela chegou a casa exausta de mais um dia cansativo. As discussões laborais, os excessos, os prazos apertados e os atrasos que há muito se haviam tornado rotina, arrastavam-lhe para o corpo o peso das semanas comuns.
- O trabalho é que estraga a vida às pessoas – costumava dizer em tom sério de quem brinca.
Os dias haviam perdido a magia da descoberta e o entusiasmo do crescimento pessoal para se limitarem a escassas tentativas de sobrevivência.
E aquela era apenas mais uma noite que se avizinhava apática, repleta de desconcertantes gestos mecânicos.
Os pés descalços guiaram-na ao canto do sofá, o lugar que institivamente adoptara como seu e só seu. As sandálias de saltos agulha que acabara de adquirir e que lhe feriam a alma a cada passo, repousavam a seu lado. Quis fazê-las desaparecer. Quis atirá-las janela fora na esperança vã de que a monotonia se lançasse em seu auxílio.
A mente começava a libertar-se das incógnitas da sociedade. Mas o peso sobre si permanecia intacto.
Fechou os olhos e julgou adormecer. Como se os sonhos a levassem para um jardim, talvez de delícias, onde a paz reinaria descomplicada.
- O trabalho é que estraga a vida às pessoas – costumava dizer em tom sério de quem brinca.
Os dias haviam perdido a magia da descoberta e o entusiasmo do crescimento pessoal para se limitarem a escassas tentativas de sobrevivência.
E aquela era apenas mais uma noite que se avizinhava apática, repleta de desconcertantes gestos mecânicos.
Os pés descalços guiaram-na ao canto do sofá, o lugar que institivamente adoptara como seu e só seu. As sandálias de saltos agulha que acabara de adquirir e que lhe feriam a alma a cada passo, repousavam a seu lado. Quis fazê-las desaparecer. Quis atirá-las janela fora na esperança vã de que a monotonia se lançasse em seu auxílio.
A mente começava a libertar-se das incógnitas da sociedade. Mas o peso sobre si permanecia intacto.
Fechou os olhos e julgou adormecer. Como se os sonhos a levassem para um jardim, talvez de delícias, onde a paz reinaria descomplicada.
- O trabalho é que estraga a vida às pessoas.
2 comentários:
E, no entanto, faz-nos apreciar mais o tempo que passamos com os entes queridos.
O ócio dos Domingos ou de um qualquer dia.
Faz-nos reparar em coisas mais pequenas e aproveita-las, se soubermos como nos libertar.
Invejar os pássaros e os gatos, os loucos e os aventureiros.
Otrabalho faz mal ás pessoas...
Obrigada pelo favorzinho ao dois. São uns amores os 2! COntem com o jantarzinho á pala os 2! Temos é de marcar quando e onde.
Eu também começo a achar que o trabalho faz mal ás pessoas... quando em excesso... uma redução de horário para 6 horas diárias era fixe...
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