30 abril 2008

confissões de uma noite crítica

Ok, confesso: já tinha saudades.Tinha saudades de toda esta adrenalina, de todo o dinamismo que se cria, do stress, da vontade de arrancar cabelos, pisar cabeças, chamar nomes aos outros para, no fim, sair com a consciência tranquila e a anestesiante sensação de dever cumprido.
A semana passada tivemos um fecho de edição complicado. Para além do semanário de 40 páginas, o POSTAL do ALGARVE lançou um novo caderno destinado ao ensino superior e ao mundo académico, sob o nome de FRA.
Um director, um editor, um paginador, um director de marketing e uma jornalista. Fechados numa sala. Em conflito absoluto. A orientar as linhas que marcariam o lançamento do novo projecto.
Trabalhámos quase 30 horas de seguida. Gritámos. Dissémos piadas. Quase amuámos. Não parámos um minuto.
Bebemos garrafas de Coca-Cola. Embriagámo-nos com litros de café. Aspirámos o fumo de dezenas de cigarros.
Mas conseguimos. O POSTAL e o FRA seguiram para a gráfica no tempo devido. E dos olhos cansados lançámos um brilho excitante. E dos lábios dormentes ecoou um sorriso rasgado e o agradecimento mútuo à grande equipa que juntos compomos.
Sim, confesso que já tinha saudades de dois dias e uma noite assim. 30 horas dão para muita coisa. E tudo o que dizemos sem pensar, e todos os gestos que largamos de cansaço, são compensados pelas sinergias que se criam e pelo espírito de companheirismo e entreajuda que, naturalmente, acabam por surgir.

3 comentários:

Particle disse...

Irra..que venha a/o masoquista.
Preferes em papel couché ou com as Pág. Amarelas (para não deixar marca)!?!

LiSa disse...

LOL.
Ok, da próxima vez que escrever coisas do género ou dizer que tenho saudades, por favor, interna-me.
MAS COMO É QUE É POSSÍVEL QUE ALGUÉM TENHA SAUDADES DE TRABALHAR EM SÉRIE?!
Shoot me, please.

LiSa disse...

Ai, grande gralha. Não é "dizer". É "disser". Sorry, mas foi escrito não numa noite atribulada mas numa manhã um pouco complicada.