Pairava no nublado do céu um silêncio arrepiante, agressivo, incómodo. Pairava no ar um vazio inquietante e constrangedor. E nos gestos uma tormenta abafada, difícil de digerir ou enunciar. Escondidas nas entrelinhas estavam palavras silenciadas por mordaças invisíveis e pensamentos que esvoaçavam para a longitude do não-saber.
Haviam saudades que não se consumiram pelos dias ensolarados desta Primavera humedecida. Haviam partidas que se queriam distantes e rostos cuja ausência magoava.
Cresciam as dúvidas e acentuavam-se as incertezas. Tumultuavam hesitações em lugares sombrios até arrefecer a morna vontade de querer o desconhecido e amar as miragens e os desertos.
No caos coordenado da cidade, viajavam vagabundos de rostos desconcertantes e mentes minadas de ilusões. Cirandavam nas ruas imagens aturdidas de liberdades ceifadas pela consciência e arrastavam-se os pés ao quotidiano.
Tudo parecia imóvel quando nada estava parado. Tudo parecia vão, quando os estímulos existiam em cascatas e torrentes impiedosas. Porém, passou. Como tudo, de resto, passa.
Haviam saudades que não se consumiram pelos dias ensolarados desta Primavera humedecida. Haviam partidas que se queriam distantes e rostos cuja ausência magoava.
Cresciam as dúvidas e acentuavam-se as incertezas. Tumultuavam hesitações em lugares sombrios até arrefecer a morna vontade de querer o desconhecido e amar as miragens e os desertos.
No caos coordenado da cidade, viajavam vagabundos de rostos desconcertantes e mentes minadas de ilusões. Cirandavam nas ruas imagens aturdidas de liberdades ceifadas pela consciência e arrastavam-se os pés ao quotidiano.
Tudo parecia imóvel quando nada estava parado. Tudo parecia vão, quando os estímulos existiam em cascatas e torrentes impiedosas. Porém, passou. Como tudo, de resto, passa.
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