Bem, passaram alguns dias. Ou semanas, não sei bem. Tenho andado perdida no tempo com excesso de trabalho e escassez de ócio.
Está prestes a terminar mais um dia de azáfama profissional. Ou dois. Também já não sei bem em que dia e a que horas me agarrei a este teclado. E sei ainda menos daqui a quantos minutos (ou horas) o irei largar.
Em todo este tempo descobri um punhado de coisas interessantes:
- que a mítica série Twin Peaks (que não conheci porque não tenho idade para tal mas que guardo na memória como se tivesse conhecido, por ouvir comentários de outrém) se baseia numa aldeia fantasma (ou coisa do género), no interior do concelho de Alcoutim, em plena serra algarvia, onde tive a infelicidade de me perder por infinitos 40 minutos numa noite sombria;
- que por vezes é preciso tomar decisões em prol de algo que consideramos superior;
- que nem sempre é fácil conciliar na vida todas as pessoas com quem, por momentos, gostaria de estar;
- que as paredes da minha sala ficam muito mais atractivas pintadas de verde alface;
- e que é pena que quando chego a casa, depois de 10, 15 ou 30 horas de trabalho, não me apetece absolutamente nada olhar para elas (porque anseio desesperadamente a minha cama e o calor nos pés);
- que tenho de coordenar melhor os meus horários e passar a ser uma pessoa mais regrada;
- e, finalmente, que este ritmo alucinante a que me movo não pode continuar por muito mais tempo.
E agora a parte das desculpas:
- ao Paulo, pelo pouco tempo que tenho disponível;
- à minha família pelas escassas visitas mensais;
- aos amigos de sempre com quem há muito tempo não bebo café;
- aos amigos de há pouco tempo com quem também não tenho bebido café;
- ao Filipe, Charles e Paulo Rosário, por ter falhado o fim-de-semana em Coimbra, mais uma vezes por motivos profissionais (ai, que neura!);
- e um pedido de desculpa especial ao Raspelho por ter faltado a um momento importante da sua história.